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quinta-feira, 13 de março de 2008

Essa noite - manhã e tarde de 6ª feira na Austrália - começa oficialmente a temporada 2008 da Fórmula 1, com os primeiros treinos livres. De certo mesmo, só uma coisa a dizer: essa temporada promete.
As equipes favoritas, como no ano passado, são Ferrari e McLaren. Mas num clima bem mais "amistoso", em particular a equipe inglesa, sem a picuinha de Hamilton e Alonso. Richas que serão resolvidas como devem, na pista.
Na McLaren, Hamilton está como quer: com a atenção toda para si, depois de todo o chororô pela cagada que fez na China. E agora com um segundo piloto só pra ele, o finlandês Kovalainen. Mas talvez a pior notícia seja a saída de Ron Dennis: embora muito tenha sido especulado, Dennis ainda fica por mais uma temporada. Erros à parte, duvido alguém ser capaz de cobrir o cargo com a mesma competência. A eterna cara amarrada nos boxes da Mclaren vai fazer falta.
No time de Maranello, o oposto do que foi o início do ano passado: embora a equipe pregue a política de igualdade, é fato que as maiores atenções para o atual campeão - no pulo do gato, diga-se de passagem - Kimi Raikkonen. E para Felipe Massa, só resta mostrar serviço desde já, na Austrália. Afinal, quem já foi dispensado dos testes pra deixar o Schummão brincar de testar o carro foi ele, e não o Kimi, e pra mim quando acontece algo assim, é preocupante. Se Massa não abrir o olho, cai no erro do Rubinho e vira 2º piloto do finlandês.

Logo atrás, no segundo pelotão, vem BMW, Williams, Renault, Toyota e Red Bull. A BMW conseguiu, de longe, fazer o carro mais feio da temporada, tamanha a quantidade de penduricalhos aerodinâmicos pelo carro, sem contar o par de chifres. A Williams parece que finalmente acertou a mão, com um bem nascido FW30, a Toyota não me enche os olhos, mas parece melhor que antes, a Renault se recuperando com a volta de Alonso, e a Red Bull foi quem deu o maior salto de melhora em relação ao ano passado com o RB4, e a Toro Rosso deve ir junto assim que estrear o carro novo.

E lá atrás, no dito pelotão da merda, vem a galera de sempre.
A Force India (ex-Spyker, que era MF1, que foi Midland, antiga Jordan) vem para tentar superar a Honda matriz e a Honda desprezada, a Super Aguri. Já apresentou bons resultados com seu carro. A Honda, infelizmente, repete o erro e faz um carro patético, cabendo aos pilotos deizer que "um dia a gente chega lá". Pra Aguri, o de sempre.

Nossos pilotos se enquadram bem em cada termo: o Rubinho, um ancião que, embora eu respeite sob certos aspectos, já tá na hora de pedir pra sair. Massa, que tá no meio do caminho, e se ligar o botão do sangue no olho, tem tudo pra vencer. O duelo dele com Kubica na última volta em Fuji ano passado diz tudo, já se tornou lendário. Tem piloto que nem com controle de tração tem coragem de fazer o que ele fez. E por último Nelsinho, uma promessa, que vem com o peso nas costas como todo filho de superpiloto, somado o peso de estar numa equipe que favorecerá imensamente Alonso. Diz ele que vai aproveitar o máximo para aprender com Alonso. Nelson Pai, como sempre botou lenha na fogueira: "Meu filho não vai ser 2º piloto de ninguém." Concordo com os dois: Nelsinho tem que aprender o máximo com Alonso sim, que já andou em carro ruim, pegou a Renault desde o início, e lhe deu seus 2 títulos. Mas tudo em detrimento da vitória: não gosto do Alonso, é um dos caras mais arrogantes que já vi na F1, e além de tudo é fresco, quando se disse desmotivado, e nada me daria mais prazer que ver o filho do Piquezão descer a lenha no Srto. Fernanduxo. Mas Nelsinho tem, por enquanto, todo o tempo do mundo para aprender. E se tiver metade do talento/conhecimento do pai em acerto de carros, somada à uma boa pilotagem, vai ser um monstro.

E que subam os giros dos motores.

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